domingo, 7 de novembro de 2010

You never saw Sofia again!


Sinceramente, não sei o que é pior: Conseguir o que deseja ou não conseguir. Definitivamente, tirei apenas uma conclusão de tudo isso: Cuidado com o que você deseja!
Quando estava no ensino médio, na Escola Rakel Rechuem, fizemos um passeio cultural para observamos arte em um daqueles famosos centros culturais lá do Rio. Quando passei por uma estátua de mármore de uma grega fiquei extasiado. Ela era linda, a forma feminina perfeita, traços bem definidos, maravilhosa. Não consegui tirar os olhos dela. Finalmente, a professora nos chamou e, ao passar por ela, notei no lado dessa deusa grega todas aquelas rachaduras, lascas, Imperfeições. Estragou tudo para mim! Bem, ela é assim. Como disse Alfie: "Um monumento danificado. Com defeitos que você não percebe até chegar perto demais."
Pra ela eu dei minha nota máxima: 9,5. E quem diria que, de todas as mulheres que eu conheço, aquela pra quem eu abri a guarda é quem me dá o fora, por assim dizer.
Eu perguntei ao Bruno qual era a chance de uma coisas dessas acontecer logo comigo. "Remota", ele respondeu. Vou começar a dar mais crédito às pequenas probabilidades.
No final das contas eu tava certo. Nada era verdade... "Às vezes tudo é lindo, às vezes tudo engana". Li isso em algum lugar uma vez.
Agora eu vou contar com a minha capacidade de me recuperar depois de uma decepção ou perda. Minha capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, sem entrar em surto psicológico.
Meu erro foi querer ser ostentoso demais, querer atrair pra mim toda aquela atenção que eu sempre tive. Uma "arrumadinha na gravata" e um sorriso malicioso sempre foram o suficiente pra eu conseguir qualquer coisa, mas não pensei que toda essa ostentação fosse me levar aonde me levou. A estátua que eu carregava caiu e quebrou.
Na verdade eu só quero voltar à minha vida simples... Sair com pessoas que não significam nada pra mim. Eu estava sempre bem, quando era assim.
Vou mirar alto, mudar o foco, o assunto, os lugares, os hábitos. Nada de corredor de artes, nada de refeitório, nada de ídas ao centro. Nada!
Eu devia ter seguido um dos poucos conselhos que meu pai me deu até hoje: "Filho, quando ver uma mulher muito bonita, saiba que, no minimo, uns dez ja fizeram sexo com ela!". Se eu encarasse as coisas dessa forma, com certeza não estaria nessa situação agora.
Descobri também que todo mundo tem prazo de validade. Infelizmente esse tipo de produto não vem com essa data impressa no rótulo, como num pacote de biscoito. E quando esse prazo vence, vêm os problemas. Os problemas que mais me preocupam são aqueles que me pegam desprevenido, num sábado à noite, por exemplo. Esses sim, me derrubam com facilidade.
O que me conforta é achar que seu corpo já fez uma promessa, mesmo que não diga nada. Mesmo que você viva em meio à pessoas que privilegiam o apenas o transitório, o passageiro, há coisas, pequenas coisas, pequenos retalhos de lembranças que marcam. Tem pequenas coisas que marcam, nossa memória adora detalhes. Nós fomos feitos de pequenos detalhes que não se sustentaram. Se a base não é forte, o corpo não sustenta.
Felizmente agora vão acabar os pequenos detalhes, as promessas vãs, as palavras vazias, os atos, papos e textos dissimulados, as cobranças, as preocupações... E, aí sim, vai tudo voltar ao normal.
Contagem regressiva, por favor!

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