quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Meninas de todo o Brasil, tenho um conselho valioso para dar aqui:

Se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome os seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente (disfarçadamente) descobrir como é sua barriga. Se for musculosa, torneada, estilo "tanquinho", fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim. Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. Veja bem, não estou falando daqueles gordos suados, que sentam horas na frente da televisão com um balde de frango frito e que, quando se abaixam, mostram um cofre peludo. Não! Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê. Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma - e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os "tanquinhos" farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem. Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Ou Coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo coca-light. Ou, pior ainda, um copo com gelo pra beber a mistura patética de vodka com "clight" que trouxe de casa. E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação. E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar. Você nunca irá ouvir um "ah, amor, 'Quarteirão' é gostoso, mas você podia provar uma 'McSalad' com água de coco". Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. 
Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará seu relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga... Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz. Outra coisa fundamental: homens barrigudinhos são confortáveis! Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível! Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.
Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo. Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar, a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.

domingo, 23 de janeiro de 2011


Um velho calção de banho, um dia pra vadiar, o mar que não tem tamanho e um arco-íris no ar. Depois, na Praça Caymmi, sentir preguiça no corpo, e numa esteira de vime beber uma água de côco. Enquanto o mar inaugura um verde novinho em folha, argumentar com doçura, com uma cachaça de rolha. E com olhar esquecido, no encontro de céu e mar, bem devagar ir sentindo a Terra toda rodar. Depois sentir o arrepio do vento que a noite traz, e o diz-que-diz-que macio, que brota dos coqueirais. E nos espaços serenos, sem ontem nem amanhã, dormir nos braços morenos da lua de Itapuã. É bom!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Como arroz e feijão, é feita de grão em grão nossa felicidade. Como arroz e feijão, a perfeita combinação, soma de duas metades. Como feijão e arroz, que só se encontram depois de abandonar a embalagem. Mas como entender que os dois, por serem feijão e arroz, se encontram só de passagem?!
Me jogo da panela, pra nela eu me perder. Me sirvo a vontade, que vontade de te ver. O dia do prato chegou, é quando eu encontro você. Nem me lembro o que foi diferente!, mas assim como veio, acabou. E quando eu penso em você, choro café e você chora leite.
- Pratododia, O Teatro Mágico.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Pulso

Peste bubônica, câncer, pneumonia, raiva, rubéola, tuberculose e anemia. Rancor, cisticircose, caxumba, difteria, encefalite, faringite, gripe e leucemia. Hepatite, escarlatina, estupidez, paralisia, toxoplasmose, sarampo, esquizofrenia, úlcera, trombose, coqueluche, hipocondria, sífilis, ciúmes, asma, cleptomania. Reumatismo, raquitismo, cistite, disritmia, hérnia, pediculose, tétano, hipocrisia, brucelose, febre tifóide, arteriosclerose, miopia, catapora, culpa, cárie, câimbra, lepra, afasia.
E o pulso ainda pulsa. E o corpo ainda é pouco.

Polícia

Dizem que ela existe pra ajudar, dizem que ela existe pra proteger. Eu sei que ela pode te parar, eu sei que ela pode te prender.
Dizem pra você obedecer, dizem pra você responder, dizem pra você cooperar, dizem pra você respeitar.
Polícia para quem precisa. Polícia para quem precisa de polícia!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Isso que acontece com a gente, acontece sempre com qualquer casal. Isso ataca de repente, não respeita cor, credo ou classe social. 
Não adianta mesmo reclamar, acreditar que basta, apenas se deixar levar. Isso que atrapalha nossos planos derrubou o muro e invadiu nosso quintal. Isso, passam-se os anos, sempre foi assim e será sempre igual.
Isso, parecia que não ia acontecer com a gente, nosso amor era tão firme, forte e diferente... Não vá dizer que eu não avisei você, olha o que vai fazer...
- Titãs, Isso.
Não quero estar neste lugar e ver você partir, eu quero te esperar aonde você quer ir, te receber, te acomodar, te oferecer a mão, poder cantar, te acompanhar ao violão.
Não sei viver só e sem sonhar, sem fé, sem ter alguém. Faz tempo que eu te espero e que te quero bem. Sonho em fazer pro nosso amor uma bela canção, que me traga paz sem culpa ao coração. Quero te ver de perto, quero dizer que o nosso amor deu certo.
- Os Paralamas do Sucesso, De Perto.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Meu Rio de Janeiro... à Dezembro.

Adoro tudo aqui: o Sol que nasce deixando a Baía de Guanabara dourada e os prédios da Praia do Flamengo amarelos, e se põe cor-de-rosa entre o Dois Irmãos e o mar; o quilo do Fellini e as saladas do Gula Gula; os ônibus circulares tricolores da São Silvestre (as linhas ímpares vão para o Leblon pelo Jóquei e voltam por Copacabana, as pares fazem o caminho inverso); o BB e o Bibi; o jeito irresistivelmente escroto como os cariocas pegam no pau por cima da calça o tempo inteiro, mesmo que na presença de senhoras e crianças; as placas dos carros dizendo "RJ-Rio de Janeiro"; o flyer que se chama "filipeta"; o sotaque ditongado, putíssimo e altamente excitante ("íasso... goshtôaso... mama a minha piróaca!"); a Urca; a farda da polícia fluminense; os nomes pomposos das ruas da Zona Sul (Marquês de Abrantes! Constante Ramos! Aníbal de Mendonça!); as tiras brancas das Havaianas contrastando com os pés morenos e cheios de veias saltadas; o Guaraviton, o Lulu Santos e o Kid Abelha.
Ser Carioca é... Começar alguma conversa com o usual "olha só..." Ser marrento porque pode ser... afinal, olhe só onde a gente mora! Dar inveja nos "não cariocas" pelo simples fato de sermos cariocas... Indignar-se com a inveja dos "não cariocas" com o habitual "faaala sério" Tratar tanto homens quanto mulheres de "cara" sem que isso seja considerado afronta... É comer pizza com catchup sim, e daí?!?! Ter certeza de que esta é a cidade mais linda do mundo, Falar com o "R" arrastado e com o "S" com som de "X" e exagerar ainda mais quando está perto de paulistas; Saber que as maiores torcidas do mundo estão aqui! Saber que o maior estádio do mundo é o Maracanã; Saber que a maior floresta urbana do mundo é a Floresta da Tijuca; Saber que a maior favela do mundo é a Rocinha; Entender porque a maioria dos estrangeiros acham que o Rio de Janeiro é a capital do Brasil; Aplaudir o pôr-do-sol no posto 9; Beber no AM/PM antes da night Comer no Cervantes depois da night; Parar no meio da night estrategicamente no Bar do Osvaldo e depois...... (quem conhece sabe... quem nunca foi vai continuar na curiosidade) Chegar na boate à uma da manhã; Ver o nascer do sol na praia depois da night; Ficar feliz com o horário de verão começa, porque isso significa uma hora a mais na praia; Agir com naturalidade ao encontrar artistas globais na rua; Buzinar assim que o sinal abre; Tomar mate sempre que estiver com sede; Torcer para alguma escola de samba, mas viajar no carnaval por que a cidade fica cheia de paulistas; Sair no bloco do Suvaco e no Simpatia é quase amor; Sair da Faculdade na segunda-feira e passar no Baixo-Gávea pra tomar uma gelada. Ir à praia sempre no mesmo lugar; Acampar na Ilha Grande pelo menos uma vez na vida; Odiar os argentinos que vão para Búzios nas férias e tratam as brasileiras como lixo; Passar horas na academia, nem que seja fazendo social; Ter amigos no condomínio onde mora; Ter amigos na academia onde malha; Fazer amigos na praia; Ir ao shopping fazer compras e não fazer social, porque isso é coisa, de paulista; Saber que as obras do "Rio Cidade" foram desnecessárias, mas até que ficaram bonitinhas; Odiar a atual situação das praias da Zona Sul; Estar sempre perto de uma favela; Morrer de rir ao ver paulistas dançando funk na televisão, como se esta fosse a última moda; Usar os engarrafamentos para comprar biscoito Globo e apreciar a paisagem; MAS PRINCIPALMENTE... Amar e respeitar muito esta cidade porque, mesmo com todos os seus problemas, ela é a CIDADE MARAVILHOSA!
Eu acho que as folhas são loucas! Todas elas parecem tão ansiosas para cair da árvore, como alguém mal pode esperar para sair de casa. Cara, se eu fosse uma folha, eles nunca me tirariam da árvore! Eu choraria, reclamaria e imploraria por piedade. Provavelmente, eu envergonharia toda a árvore! 
"A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não tem. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos."
A hipocrisia me repele do hipócrita.