sábado, 13 de novembro de 2010

Vingança

- Quem é você?
- Quem, é, porém, a forma que procede da função do o quê. E o que eu sou...sou um homem com uma máscara.
- Oh, eu posso ver isso.
- Certamente você pode. Eu não estou questionando seus poderes de observação. Estou meramente pontuando o paradoxo de se perguntar a um homem mascarado quem ele é.
- Certo.
- Mas nesta mais auspiciosa das noites, permita-me então, no lugar da ordinária graça... Sugerir o perfil desta personagem dramática:



Voilà! Eis um humilde veterano do Vaudevillien, convocado tanto como vítima e vilão pelas vicissitudes do destino. Este disfarce, não um mero acabamento por vaidade, é o vestígio da vox populi. Agora ausente e banida. Contudo, esta valorosa aparição d´uma ultrapassada repugnância mantêm-se viril, e jurou eliminar estes vermes venais e virulentos da escória vanguardista e legitimando o vício brutal e voraz da violação do desejo! O único veredicto é vingança... Uma vendetta mantida como um voto, não em vão, pelo valor e veracidade de tal, eis que um dia vingará o prudente e o virtuoso. Validamente, este vociferante barroquismo torna-se o ulterior do prolixo. Então permita-me simplesmente adicionar que é de minha grande honra conhecê-la e você pode me chamar de V.

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