terça-feira, 30 de novembro de 2010
Pulsos
E um dia se atreveu a olhar pro alto, tinha um céu mas não era azul. No cansaço de tentar, quis desistir... Se é coragem eu não sei! E um dia desistiu, quis terminar. Só mais um gole, duas linhas horizontais. Sem a menor pressa, calculadamente... Depois do erro, a redenção!
Tenta achar que não é assim tão mal, exercita a paciência. Guarda os pulsos pro final: Saída de emergência!
A inutilidade é a arma da utilidade.
Ser inútil é uma arte, a arte da inutilidade é baseada em todos os fatos e acontecimentos do dia-a-dia.
Se você não é inútil (ainda), baseie-se em pessoas que não prestam ou não valem nada.
A inutilidade é a arma da utilidade.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Se você não se entrega com todas as forças àquilo que quer, não pode reclamar se deixar passar a chance de consegui-lo. Eu, particularmente, prefiro pecar pelo excesso do que pela falta. Prefiro correr demais, chorar demais, comer demais, beber demais, beijar demais, abraçar demais, amar demais, do que fazer tudo de menos e não poder voltar atrás pra dar mais valor. Tem gente que não se dá conta do tempo passando, das chances sendo desperdiçadas, dos momentos bons que poderiam ter sido compartilhados com apenas um gesto ou uma palavra. Tem gente que não sabe o que quer.
Mecanismo do desastre
Um desastre (do grego, "má estrela") é um facto natural ou provocado pelo homem que afeta negativamente a vida, o sustento ou indústria, desembocando com frequência em mudanças permanentes às sociedades humanas, ecossistemas e o meio ambiente. Os desastres põem em evidência a vulnerabilidade e abalam o equilíbrio necessário para sobreviver e prosperar.
de.sas.tra.do
resultante de desastre
desajeitado, inábil
infeliz, sem graça
Sinônimos
De 2:
desazado
estabanado
maljeitoso
(Brasileirismo) paíba
De 3:
desgracioso
domingo, 28 de novembro de 2010
Ele era esperto. A voz rouca, típica daqueles que já deixaram a puberdade, a seduziam por completo. Os seus ombros largos, seu cheiro suave e atraente, suas mãos moldadas para acariciar. Era isso que a enlouquecia. Era isso que fazia um sorriso sincero brotar em seu rosto, um brilho reluzir nos seus vibrantes olhos castanhos, e o balanço dos seus cachos tornar-se mais intenso. E ele sabia o quanto ela o fazia bem. Ela também sabia. Embalados pelo clima de romance tentavam esconder a paixão que existia por trás da amizade. Mas era totalmente notável aquela mentira. Não tinham como evitar as trocas de olhares e os sorrisos suspeitos. Era impossível esconder a atração, negar um beijo ou um abraço acolhedor. E assim, aos poucos, foram descobrindo um ao outro e o quanto isso os deixava felizes. Gostavam do cheiro de gasolina, e por esse motivo ele sempre a levava para abastecer o carro. Ficavam deitados na beira da piscina atribuindo formas às nuvens do céu. Ele tentou fazer com que ela gostasse de beber. Ela o incentivou a parar. Mas ambas as tentativas foram um tanto quanto em vão. Jogavam videogame às vezes durante tardes inteiras; na sinuca ela sempre ganhava e em todas essas vitórias ouvia diferentes desculpas esfarrapadas de um perdedor. Nas cartas ele trapaceava. Não para ganhar o jogo, mas simplesmente para deixa-la irritada. As guerras de pipoca e almofadas na sala de estar eram frequentes. Mas no final ela sempre fingia uma tontura repentina ou uma torção no pulso com a intenção de parar a brincadeira e dar o bote com cosquinhas. Tudo acabava em beijos estonteantes, e não em juras de amor eterno. Até que os ciúmes foram tornando-se um abismo entre os dois e tempos foram pedidos e concedidos inúmeras vezes. Entre idas e vindas havia tristeza, outras pessoas e uma sensação de que algo a mais podia ter sido feito. Mas nunca houve rancor. Não havia espaço em nenhum daqueles dois corações para mágoas e acusações. Embora não falassem sobre o que sentiam, ainda assim sabiam a grandeza daquele sentimento. Sabiam que nem mesmo a desconfiança tola que levava as discussões inúteis poderia destruir as recordações. Ele arrumou outra, ela arrumou outro... Ainda restaria o carinho mútuo e a cumplicidade do jeito de olhar, as frases incompletas porque já haviam sido compreendidas, as implicâncias com as unhas roídas e a ordem de cores das roupas no armário. E um dia ele partiu. Não teve de partir, pois poderia ficar. Mas decidiu partir. Deixou falar mais alto a vontade por outra pessoa, que ela tanto temia por querer para si. Deixou para trás qualquer tipo de culpa. Levou consigo o desejo de vida nova. Não houve despedida. Apenas o aviso, uma só pergunta, a dúvida da resposta e um longo abraço que parecia não ter fim. Porque o conforto daqueles braços fortes trouxe pela última vez a segurança incomparável que ela jamais encontrou nos braços de outra pessoa.
sábado, 27 de novembro de 2010
O jeito que você tem de encontrar sempre o lugar certo nos meus ombros é legal, e é curioso como você cabe perfeitamente em meus abraços. Engraçado a forma com que você balança a cabeça pra se ajeitar, como se tivesse dizendo "sim" à alguma coisa. A delicadeza com que você se droga é impressionante, como se tivesse fazendo algo lícito. Sempre tá bonita, mesmo que de jeans simples e rabo-de-cavalo. Tá sempre quentinha, até em dias frios. Discutindo vira a mulher mais bonita do mundo, mesmo que do alto dos seus quinze anos. Sempre encontra minha mão, ainda que de olhos fechados. E o modo de me olhar e pedir um beijo só com os olhos?! Não consigo dizer "não". Os tapas que me dá, achando que vai doer. As desculpas que pede (ou não) quando acha que me machucou. O seu modo de nunca dizer que tá com saudade. O seu modo de nunca fazer nada se eu não fizer antes. A saudade que eu sinto. A minha idiota forma de fazer antes, por medo de nunca lhe ver fazer...
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Serenata II
Não há estudos profundos sobre o beijo. Provavelmente, no meio das pesquisas, os cientistas descobriram que é muito melhor beijar do que sair por aí pesquisando.
Serenata
Se você está se sentindo estranhamente feliz e sorridente, das duas, uma: ou está apaixonado, ou ficou louco. No fundo, não faz muita diferença.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Ele andava distraído pela Praça Tiradentes, no centro do Rio. Mesmo em meio à todo aquele caos e boatos sobre arrastões, tiroteios e ações terroristas das facções criminosas cariocas, ele andava tranquilo. Passando em frente ao teatro João Caetano, presenciou um dialogo que lhe chamou atenção:
- Não há colônia no mundo tão pacífica, onde um ou dois homens não queiram criar pequenos problemas...
- Eu não me importo com um ou dois homens. Mas o que me preocupa é uma rebelião generalizada, devastadora, criada pelo povo.
Eu sou assim
Eu sou assim... Gosto de gente, de tumulto, conversa fiada. Gosto de conhecer todo mundo, de falar com todo mundo, de zuar com todo mundo, de zombar de todo mundo... Gosto de abraço, de beijo, de cheiro. Gosto de gente bonita, de gente feia... Eu gosto é de gente! Sozinho eu não dou conta!
Gosto de pop, funk, rock, rap... Eu gosto do que é bom! Eu gosto de samba. handebol, cinema, teatro, boate... Eu gosto do que me faz bem!
Eu gosto de ser o centro das atenções, o subúrbio não me atrai.
Eu gosto do cheiro da manhã molhada, dos fins de tarde melancólicos, das noites alcoolizadas. Eu gosto de Carnaval, de Corpus Christi, de Natal e Ano Novo... Se é oportunidade pra viajar, beber, viver e voltar cheio de histórias, então eu gosto! Muitas vezes eu gosto de tudo, embora algumas vezes eu não goste de nada. Todo mundo tem seus dias ruin, né?!
Mas no final das contas, é disso que eu gosto!
Essa menina...
Essa menina quer me enlouquecer, mas se eu já era maluco, agora o que eu vou ser?! Agora qual vai ser?! Qual vai ser a minha sina?!
Essa menina quer me enlouquecer! Essa menina... Essa menina tá perdendo o respeito. Essa menina quer brincar, então brinca direito! Eu fui dizer pra ela que eu sou sujeito homem, ela me disse que não, que eu era um homem sujeito! E esse sujeito tá perdendo seu posto, com muito jeito eu ainda consigo ser sujeito composto, e ela tem predicado pra me fazer de objeto verbal, nominal, indireto e direto...
Essa menina quer me enlouquecer... Mas ela vai comigo pro hospício!
terça-feira, 23 de novembro de 2010
O carioca
O carioca é aquele que deita na sombra na hora do almoço, que está quase sempre com ar de bom moço, que bate uma bola até com um caroço (Com um São Jorge no pescoço!)
O carioca é aquele que paga um mês quando já deve seis, está quase sempre com ar de burguês, que nunca faz nada e diz que já fez. Ele não pensa na vida, tem sempre uma preta, a sua margarida, come na pensão, não carrega marmita, adora a cerveja e também a batida. E quando vai pro estádio, vai para a geral e pula para as cadeiras, xinga o juiz (Ladrão! Safado! Canalha!). Mas é brincadeira! E se ganha o Vascão, logo tem bebedeira (Mengo!!!).
O carioca é aquele que sai na escola de samba, mas na avenida ele é um bamba. O carioca é aquele que pelo Rio se inflama. Arpoador, Copacabana...
O carioca é aquele que vive de gozação, mas ama seus companheiros, pois todos são seus irmãos!
Enfim, estamos aqui sem saber porque nem pra que! Fui me questionando sobre várias coisas. Sentidos, motivos... No fim cheguei à conclusão de que não dá pra chegar à conclusão nenhuma, e que o grande barato da vida é olhar pra trás e sentir orgulho da sua própria história! O grande lance é viver cada momento como se a receita da 'felicidade' fosse o AQUI e AGORA! Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, alguém nos deixa, o pneu fura, chove demais. Mas... Pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Às vezes se espera demais das pessoas... Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou... Normal. Todos nós devemos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a 'melhor coisa' pra esse momento. Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Acredito que ou nos conformamos com a falta de algumas coisas, ou nos esforçamos para realizar todas as nossas loucuras... E é bom tentar realizá-las. Ser forte suficiente para enfrentar os obstáculos; paciente para saber esperar o resultado; e capaz de reconhecer, no final de tudo, seu esforço e ver que ele não foi em vão.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Não vai agora, não. Deixa pra depois, mais tarde, deixa pra outro dia. Esquece teus problemas e deita aqui do meu lado, caramba! Vem cá, eu te faço um cafuné... Encosta teu rosto no meu peito. Te trago um chocolate quente. Tá frio hoje, né?! Do jeito que eu gosto! Pega o edredom no armário e vamos namorar. Que tal assistir aquele filme de novo?! Na verdade, só você já viu. Aliás, você já viu tantos filmes, que eu não faço idéia do filme que pra você não vai ser "ver de novo". Ou então liga o computador que eu ponho umas músicas boas pra tocar... Tenho medo de que você conheça mais músicas do que eu. Eu não conheço ninguém que conheça mais músicas do que eu.
Se eu pudesse escolher, pode ter certeza que eu não estaria tão envolvido e, principalmente, não contaria isso a você. Porque você reluta em se entregar?! Porque custa a perceber que já me deixou te conquistar?! Tudo bem, não tem problema. Fica até amanhã de manhã. Só peço que me espere dormir e deixe um bilhete ao amanhecer. Pegue suas roupas pelo chão, o dinheiro do taxi em cima da mesa e deixe um beijo guardado pra outro dia.
Memórias
As memórias podem ser vis, repulsivas, brutais... Como crianças! Mas podemos viver sem elas? A razão se sustenta nelas!
Não encarar as memórias é o mesmo que negar a razão. Mas e daí? Quem nos obriga a ser racionais? Não há cláusula de sanidade!
Me lembrar/Não me esquecer de nada é uma forma de me defender e não perder essa capa de proteção que me protege de você e de todo o mal que você já provou ser capaz de me causar. Quando as coisas saem do controle e eu percebo que já estava me condicionando com o errado novamente, eu me esforço pra pôr os carros nos trilhos novamente. E é isso que eu faço todas as vezes que algo errado acontece.
Por hora, deixo estar. Mas tenha dó! ;D
Não encarar as memórias é o mesmo que negar a razão. Mas e daí? Quem nos obriga a ser racionais? Não há cláusula de sanidade!
Me lembrar/Não me esquecer de nada é uma forma de me defender e não perder essa capa de proteção que me protege de você e de todo o mal que você já provou ser capaz de me causar. Quando as coisas saem do controle e eu percebo que já estava me condicionando com o errado novamente, eu me esforço pra pôr os carros nos trilhos novamente. E é isso que eu faço todas as vezes que algo errado acontece.
Por hora, deixo estar. Mas tenha dó! ;D
domingo, 21 de novembro de 2010
A idiotice é vital para a felicidade
"Brincar é legal. Entendeu? esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteiras, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras."
- Arnaldo Jabor
- Arnaldo Jabor
Agora me responde uma coisa...
...quem você acha que sustenta isso tudo?
É... E custa caro, muito caro.
O sistema é muito maior do que eu pensava. Não é a toa que os traficantes, policiais e milicianos matam tanta gente nas favelas. Não é a toa que existem as favelas, não é a toa que acontece tanto escândalo em Brasília e que entra governo, e sai governo e não mudam as coisas. Pra mudar as coisas, vai demorar muito tempo.
O sistema é foda, parceiro... E ainda vai morrer muito inocente!
É... E custa caro, muito caro.
O sistema é muito maior do que eu pensava. Não é a toa que os traficantes, policiais e milicianos matam tanta gente nas favelas. Não é a toa que existem as favelas, não é a toa que acontece tanto escândalo em Brasília e que entra governo, e sai governo e não mudam as coisas. Pra mudar as coisas, vai demorar muito tempo.
O sistema é foda, parceiro... E ainda vai morrer muito inocente!
sábado, 20 de novembro de 2010
O que se sente.
O coração dispara, as palavras somem, as pernas tremem, saem risadas nervosas e desviamos os olhares. Falar pros amigos todos os detalhes de todas as conversas, de todos os sorrisos, de todas as expressões. Sentir medo quando não tá perto. Chateia quando tem outro. Mas não morre. Também chateia quando vacila, mas supera. Acredito que sentimentos não acabam. O sentimento dá um novo sentido às coisas, seja ele bom ou ruim, e o sentido da vida jamais acaba. Portanto, o sentimento pode modificar, pode adormecer. Nada tem um fim.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
PRATO CHEIO FUTEBOL & AMIZADE
P.C.F.A.
Nenhum outro time na liga pode levar tão à sério o significado da letra "A", na silga acima.
A gente chora quando perde. Mas quando ganha, chora mais ainda! A gente chega na bola "inchegável", faz o gol "infazível". A gente joga feliz. (Talvez porque fugimos da aula só pra jogar...) Não somos vários. Somos um só! E as vezes irritantemente diferentes... Mas trazemos todos a herança do talento e da vontade. As vezes a gente ganha por ser assim... As vezes a gente perde por ser assim... Mas a gente sempre é feliz por ser assim!
"SOU PRATO CHEIO QUANDO O TIME VAI BEM!
SOU PRATO CHEIO QUANDO O TIME VAI MAL!
UM GOL SOFRIDO NÃO VAI ME ABATER,
NÃO VOU PARAR DE CANTAR!
HÁ TANTOS ANOS JUNTOS,
NA VITÓRIA OU NA DERROTA.
COM A CERTEZA DE QUE EU NUNCA VOU TE ABANDONAR!"
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Pra posteridade.
Hoje voltei umas dezenas de páginas das minhas fotos no meadd e percebi que já faz muito tempo que estve por lá. Inumeras histórias, inumeros romances, muitos momentos felizes e alguns tristes, confesso! Lembrei com alegria do meu aniversário de 18 anos, quando o povo veio aqui pra casa. Ri sozinho ao lembrar do viradão de play 2 aqui em casa, seguido de um futebol na quadra molhada às 6 da manhã. Depois lembrei com certa tristeza ou remorso do rompimento de alguns relacionamentos importantes... Aaah, se eu pudesse voltar no tempo! hehe'
Vi amizades crescendo a ponto de se tornarem inesqueciveis e inseparavais. Vi gente se esquecendo e se separando. Assisti de camarote o circo pegar fogo muitas vezes. Frequentei encontros, mini-encontros, copa-encontros, mega encontros... Até que eles deixaram de ser encontros e se tranformaram em reuniões de amigos.
Fui à Campinas. Fiz mais amigos. Farpaditei, claro!
Desanimei e parei de postar algumas vezes, voltei com animo após todas as desistencias, exceto a última. Agora, sim, acho que meu tempo lá já acabou.
Gostaria de citar alguns nomes aqui, de pessoas que marcaram minha passagem pelo site até hoje. Mas não quero decepcionar ninguém, nem a mim mesmo.
Hoje o Meadd cresceu. Há muitas pessoas novas pra conhecer. Há alguns meses a mesmas caras dos encontros chateavam um pouco. Hoje há pessoas novas. Mais amizades pra fazer, mais gente pra conhecer, mais histórias pra contar... e o ciclo se renova.
Meio clichê, mas impossivel fugir da frase a seguir: Muito obrigado.
*dedicado aos amigos que me ligaram de surpresa e de longe, hoje à tarde, só pra dizerem que eu faço falta.
23/10/08
Lá pelas nove eu cheguei em casa, cansado do futebol de toda quarta-feira. Sentei aqui pra ver quem tinha falado comigo enquanto estive fora, mas o idiota do meu irmão tinha saído do meu msn. Não demorei pra notar o pacote em papel pardo, em cima do criado-mudo. Eu nem tinha lido o remetente, mas já sabia de onde vinha. Geralmente, quando recebo um pacote desses, eu já sei de onde veio.
Parecia estar recheado. Parecia ter muitas coisas dentro. Abri: outro envelope! Um bilhetinho colado nele, dizia: "Essas são algumas das coisinhas que escrevia pra você e acho que elas vão te deixar feliz, porque expressam todo o sentimento que tenho por ti. Não me pergunte porque estou enviando, pois não saberia responder. É isso, divirta-se"
Lembrei do dia 23 de Outubro de 2008.
Lembrei do dia 22 de Agosto de 2009.
Você fez sua escolha e entendo seus argumentos. Mas vou ficar aqui esperando esse sorriso voltar. Ninguém vai ser pra mim o que você é. Passem dias, meses, anos... Ninguém. Obrigado por tudo.
Esperava escrever mais, mas realmente não consigo. Não tenho palavras, perdi toda inspiração.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Te carrego no colo e finjo que vou te jogar na piscina. Você grita, me bate, mas no fundo tá adorando tudo isso. Seguro sua mão enquanto a gente conversa, seguro sua mão enquanto eu dirijo, seguro sua mão! Digo que você tá linda. Olho nos teus olhos enquanto falo contigo. Te protejo. Conto piadas idiotas só pra te ver sorrindo da minha idiotice. Faço cócegas e você me manda parar. Quando você começa a me xingar, com raiva de alguma coisa, eu digo que te amo. Te deixo dormir nos meus braços, deitados no sofá. Te deixo puta da vida, te encho de ciúmes e depois te beijo. Te provoco. Você me provoca. Te beijo na bochecha, na testa, no pescoço... te beijo! Te deixo vestir as roupas. Mas veste devagar, tá?! Não forço nada e quando eu estiver apaixonado eu te digo!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
"Eu nunca entendi porque os casais dos filmes demoram tanto pra ficar juntos. Pra mim é tudo tão simples ! Se você gosta e o outro também porque não ficar junto logo ? O que há de complicado nisso ? Esperar o que ? Só estão perdendo tempo, um tempo que seria tão gostoso se estivessem juntos . Algumas pessoas perdem tanto tempo dramatizando as coisas .."
- Da minha escritora moderna favorita, Natália Assumpção
- Da minha escritora moderna favorita, Natália Assumpção
Seria tão bom...
...se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
Revenge
Vingança consiste na retaliação contra uma pessoa ou grupo em resposta a algo que foi percebido ou sentido como prejudicial. Embora muitos aspectos da vingança possam lembrar o conceito de igualar as coisas, na verdade a vingança em geral tem um objetivo mais destrutivo do que construtivo. Quem busca vingança deseja forçar o outro lado a passar pelo que passou e/ou garantir que não seja capaz de repetir a ação nunca mais.
O sapo e o escorpião
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio. O escorpião vinha fazer um pedido:
- Sapo, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?
O sapo respondeu:
- Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralizado e vou afundar.
Disse o escorpião:
- Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou:
- Por quê você fez isso?
E o escorpião respondeu:
- Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza.
Excentricidade
Um comportamento não-usual ou estranho por parte de um indivíduo; tal comportamento pode ser notado por ser muito diferente ou simplesmente desnecessário. O conceito de excentricidade pode variar de acordo com a cultura local, dadas as diferenças de comportamento naturalmente encontradas em grupos étnicos geograficamente distantes. Diz-se que o indivíduo é excêntrico por apresentar um comportamento diferente — pessoas excêntricas geralmente encontram soluções não-convencionais para seus problemas.
Três formas de amar
Qual a chance que nós tinhamos ontem, de encontrar logo aqui, no nosso pacato bairro, dois times femininos de futebol americano? Remotas, eu sei!
O problema é que quando eu resolvo sair de casa com o Laio, numa noite como a de ontem, em que as probabilidades de algo dar certo eram mínimas, nós sempre acabamos tendo uma das melhores noites das nossas vidas. Foi assim diversas vezes na Lapa, na Festa do Tomate, nos shows em que penetramos, nas festas em que penetramos, nas vezes em que enrolamos Deus e o mundo pra nossa noite dar certo... É sempre assim. Saímos com nada e voltamos com tudo. E ontem não foi diferente.
Era dez da noite, a gente tinha dinheiro pra algumas cervejas e quando o dinheiro acabasse a gente resolveria no papo, como sempre. Entramos no bar, olhamos à nossa volta e foi engraçado como aquele bando de meninas sem opção sexual definida nos olhou da mesma forma, todas pensando: "Eles estão no lugar errado!".
Não! Nós não estávamos no lugar errado. Beeeeem pelo contrário. Algo nos dizia que aquela noite ia terminar muito bem.
"Uma antarctica, por favor!". A primeira da noite desceu bem e lá pela 4ª cerveja nós já éramos amigos de pelo menos meia dúzia daquelas meninas. Pronto. Tínhamos o passaporte pra mais uma noite memorável.
Depois disso não gastamos mais dinheiro, comemos bem, bebemos muito, dançamos, cantamos, nos divertimos até bem tarde. E quando achamos que era hora de ir embora, a noite tava só começando.
...Mas aí já é história pra um outro post, quando eu puder contar, de fato, tudo que realmente aconteceu depois das três da manhã.
domingo, 14 de novembro de 2010
Ela me desafiou: "Queima meu cabelo, pra você ver!". Eu, bobo, acendi o isqueiro e levei a chama até a pontinha roxa de sua californiana. No mesmo instante ela virou a mão na minha cara com tanta força que eu fiquei sem ação, meio sem rumo. Levantei e saí, desnorteado.
Por mais que eu quisesse ficar alí perto dela, implicando só pra ela vir pra cima de mim e eu ficar sentindo seu cheiro, eu não podia ficar. Não depois daquele tapa. Saí e fui andando. Fui até nosso mais comum ponto de encontro nos últimos dias: o corredor de artes e sua escada em caracol, nosso esconderijo secreto que todo mundo conhecia.
Quando ela chegou, com a cara mais lavada do mundo, toda a raiva que eu senti na hora do tapa passou, sumiu como se seu olhar fosse capaz de apagar toda a ira do mundo. A dor não. A dor ainda tava alí. Foi um tapa e tanto. Mas quando ela chegou eu respondi à altura do tapa e lhe dei o que ela merecia: Um beijo!
À primeira vista
À primeira vista, há de me deixar confuso com esse seu olhar difuso de quem não presta atenção. À primeira vista, todo risco é ameaça e o medo que a gente passa cimenta os pés no chão. À primeira vista, dois joelhos machucados te redimem dos pecados, se usados pra rezar. À primeira vista, tudo esta no lugar certo, mas a praia é um deserto cravado na beira-mar. À primeira vista, cada linha do poema é a verdade suprema, só porque esta no papel. À primeira vista, deve haver uma saída e que seja nessa vida, sei lá se há vida no céu! À primeira vista, ela é moça direita, nunca levantou suspeita, mas à mim não enganou. À primeira vista, a noite é o fim do dia e eu acho que eu deveria dormir, mas eu nem vou...
À primeira vista, eram só coincidências, uns amigos em comum e uma vibração do bem. Se ontem não te dei valor nenhum, hoje não te troco por ninguém.
sábado, 13 de novembro de 2010
Vingança
- Quem é você?
- Quem, é, porém, a forma que procede da função do o quê. E o que eu sou...sou um homem com uma máscara.
- Oh, eu posso ver isso.
- Certamente você pode. Eu não estou questionando seus poderes de observação. Estou meramente pontuando o paradoxo de se perguntar a um homem mascarado quem ele é.
- Certo.
- Mas nesta mais auspiciosa das noites, permita-me então, no lugar da ordinária graça... Sugerir o perfil desta personagem dramática:
Voilà! Eis um humilde veterano do Vaudevillien, convocado tanto como vítima e vilão pelas vicissitudes do destino. Este disfarce, não um mero acabamento por vaidade, é o vestígio da vox populi. Agora ausente e banida. Contudo, esta valorosa aparição d´uma ultrapassada repugnância mantêm-se viril, e jurou eliminar estes vermes venais e virulentos da escória vanguardista e legitimando o vício brutal e voraz da violação do desejo! O único veredicto é vingança... Uma vendetta mantida como um voto, não em vão, pelo valor e veracidade de tal, eis que um dia vingará o prudente e o virtuoso. Validamente, este vociferante barroquismo torna-se o ulterior do prolixo. Então permita-me simplesmente adicionar que é de minha grande honra conhecê-la e você pode me chamar de V.
- Quem, é, porém, a forma que procede da função do o quê. E o que eu sou...sou um homem com uma máscara.
- Oh, eu posso ver isso.
- Certamente você pode. Eu não estou questionando seus poderes de observação. Estou meramente pontuando o paradoxo de se perguntar a um homem mascarado quem ele é.
- Certo.
- Mas nesta mais auspiciosa das noites, permita-me então, no lugar da ordinária graça... Sugerir o perfil desta personagem dramática:
Voilà! Eis um humilde veterano do Vaudevillien, convocado tanto como vítima e vilão pelas vicissitudes do destino. Este disfarce, não um mero acabamento por vaidade, é o vestígio da vox populi. Agora ausente e banida. Contudo, esta valorosa aparição d´uma ultrapassada repugnância mantêm-se viril, e jurou eliminar estes vermes venais e virulentos da escória vanguardista e legitimando o vício brutal e voraz da violação do desejo! O único veredicto é vingança... Uma vendetta mantida como um voto, não em vão, pelo valor e veracidade de tal, eis que um dia vingará o prudente e o virtuoso. Validamente, este vociferante barroquismo torna-se o ulterior do prolixo. Então permita-me simplesmente adicionar que é de minha grande honra conhecê-la e você pode me chamar de V.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Ficou difícil
Hoje ficou difícil. Quer dizer, fica difícil todos os dias, cada dia mais difícil. Não te ter, não te tocar, não sentir teu cheiro, teu beijo... Tudo é bem difícil ainda. Mas quando a brisa trouxe antes do tempo teu perfume, eu quase não consegui continuar avançando, quase desisti de andar, de ir falar contigo.
Só depois de tudo, de esclarecer e tirar aquele peso que eu carregava dentro de mim, quando me virei e comecei o trajeto contrário, já indo embora, é que eu me lembrei de respirar.
O abraço não durou mais que dois segundos, mas naquele instante o tempo correu arrastado, só pra eu poder ficar bem pertinho, de rosto junto e peito colado.
Será que a triste hora do fim se faz notória? Será que há no mundo cláusula passional, que condene quem não soube amar e quem não soube perdoar? Eu já me preparei, parei pra pensar e percebi que é bem melhor não perguntar mais nada. Vou aceitar de peito aberto e coração receptivo o destino que já foi traçado. Não adianta lutar contra esse sentimento filho da puta que me consome.
Recebe menos quem tem mais pra dar, agora vou dar na medida em que receber.
Não vale a pena
Ficou difícil tudo aquilo, nada disso. Sobrou meu velho vício de sonhar, pular de precipício em precipício... Ossos do ofício! Pagar pra ver o invisível e depois enxergar que é uma pena, mas você não vale a pena! Não vale uma fisgada dessa dor, não cabe como rima de um poema, de tão pequeno. Mas vai e vem e envenena e me condena ao rancor.
De repente, cai o nível e eu me sinto uma imbecil, repetindo, repetindo, repetindo... Como num disco riscado. O velho texto batido dos amantes mal-amados, dos amores mal-vividos e o terror de ser deixado. Cutucando, relembrando, reabrindo a mesma velha ferida e é pra não ter recaída que não me deixo esquecer que é uma pena, mas você não vale a pena!
De repente, cai o nível e eu me sinto uma imbecil, repetindo, repetindo, repetindo... Como num disco riscado. O velho texto batido dos amantes mal-amados, dos amores mal-vividos e o terror de ser deixado. Cutucando, relembrando, reabrindo a mesma velha ferida e é pra não ter recaída que não me deixo esquecer que é uma pena, mas você não vale a pena!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Há sempre, pra mim, um grande mistério na alma feminina. Eu tenho uma grande curiosidade com relação à mulher. Como ela pensa, como ela age... Eu sou um expectador, um voyeur, um "vedor" de mulheres... Gosto de ver como elas se movem, ver como elas raciocinam, ver como elas reagem diante das coisas. É sempre uma surpresa pra mim e por mais que eu tente decifrar, não adianta, há coisas que permanecem numa zona de mistério. E eu me considero até um grande desconhecedor da alma feminina. Eu sou um sujeito muito curioso, exatamente por desconhecer, por querer saber, por querer entender e não entender nunca.
Há mulheres terríveis, que fazem coisas horrorosas. Um homem que faz uma coisa terrível, eu rompo com ele pra sempre. Agora, uma mulher que faça, eu relevo um pouquinho, porque alí, com certeza, há algum motivo de mulher que eu não entendo. Deve ter alguma coisa por trás. Eu sei lá...
And so it's, just like you said it would be. Life goes easy on me, most of the time. And so it's, the shorter story. No love, no glory, no hero in her sky. I can't take my eyes off you!
And so it's, just like you said it should be. We'll both forget the breeze, most of the time. And so it's, the colder water, the blower's daughter, the pupil in denial. I can't take my eyes off you!
Did I say that I loathe you? Did I say that I want to leave it all behind? (Everybody lies!)
I can't take my mind off you! ...Until I find somebody new.
Quando a saudade chama a atenção no msn
Paulista da Terra da Cachaça, estrangeira de Valadares. Americana da Costa do Sol. Meio bicho, meio mundial. Meio gente de cidade pequena, meio gente do mundo. Boteco teco, das cachaças cotidianas e dos pequenos bares de calçada de grandes metrópoles. Você é meio assim, meio inocente, meio safada. Meio menina, meio mulher feita. É o descompasso, o avesso, o fora de hora, o oposto do que se espera... Interiorana de Pirassununga, que não foi pros EUA, hoje moradora de Sampa, e viajante do mundo. Viva a Raíssa, mulher que eu adoro e sinto uma imensa saudade. Hoje eu vou dormir pensando em você.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Adeus você(s)!
Adeus você, eu hoje vou pro lado de lá. Eu tô levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar. Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar!
Cuida do teu, pra que ninguém te jogue no chão. Procure dividir-se em alguém, procure-me em qualquer confusão. Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui por não te amar!
Quero ver você maior, meu bem, pra que nossa vida siga adiante!
Adeus você, não venha mais me negacear. Teu choro não me faz desistir, teu riso não me faz reclinar. Acalma essa tormenta e se aguenta, que eu vou pro meu lugar!
É bom às vezes se perder sem ter porque, sem ter razão. É um dom saber envaidecer por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor, também, pra que minha vida siga adiante...
Decepção, medo, angústia, mágoa, ressentimento, tristeza!
Quantos sentimentos surgem no momento da perda, do fim. A dor de uma relação que se acaba só pode ser avaliada por quem a vive e, principalmente, por quem, apesar de separado, ainda sente alguma porra. Por mais que possamos imaginar como será, não conseguimos avaliar a profundidade do sofrimento quando acontece.
Durante nossa vida, tendemos a desistir muitas vezes de continuar. Isso geralmente acontece quando esperamos atitudes e comportamentos que não acontecem;
Nos sentimos machucados, feridos, decepcionados e dilacerados em nosso simbólico coração, onde guardamos nossos sentimentos mais caros. Quando permitimos que alguém faça parte de nossa vida é porque acreditamos que cuidará de nosso afeto como se fosse dele próprio.
Mas em algum momento parece que tudo se perde, e o diálogo vai ficando cada vez mais difícil, o aborrecimento e a tristeza começam a sobrepor-se à paz e a vontade de estar junto e, a distância emocional se instala. A vontade de estar junto, nesse caso, ainda existe. Incrível como, mesmo após tudo que aconteceu, eu ainda consigo ser tão idiota a ponto de querer estar ao lado de vocês. Deve ser só saudade, e essa saudade eu sei como matar.
E quando a noite chega, sem TV, rádio, jornal, e-mails, celular, faculdade, pessoas ou o que quer que possa fazer com que não pense ou contribua para fugir do que sente e você se recolhe no silêncio do seu quarto, talvez os pensamentos invadam sua mente e o farão lembrar e refletir o que aconteceu. E perceber que o que aconteceu, aconteceu da melhor forma possível.
Percebo que a dor é inevitável, mas o sofrimento, meu amigo... O sofrimento é opcional. E é claro que eu não vou optar por sofrer.
Quem não escuta "cuidado", escuta "coitado".
Cuida do teu, pra que ninguém te jogue no chão. Procure dividir-se em alguém, procure-me em qualquer confusão. Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui por não te amar!
Quero ver você maior, meu bem, pra que nossa vida siga adiante!
Adeus você, não venha mais me negacear. Teu choro não me faz desistir, teu riso não me faz reclinar. Acalma essa tormenta e se aguenta, que eu vou pro meu lugar!
É bom às vezes se perder sem ter porque, sem ter razão. É um dom saber envaidecer por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor, também, pra que minha vida siga adiante...
Decepção, medo, angústia, mágoa, ressentimento, tristeza!
Quantos sentimentos surgem no momento da perda, do fim. A dor de uma relação que se acaba só pode ser avaliada por quem a vive e, principalmente, por quem, apesar de separado, ainda sente alguma porra. Por mais que possamos imaginar como será, não conseguimos avaliar a profundidade do sofrimento quando acontece.
Durante nossa vida, tendemos a desistir muitas vezes de continuar. Isso geralmente acontece quando esperamos atitudes e comportamentos que não acontecem;
Nos sentimos machucados, feridos, decepcionados e dilacerados em nosso simbólico coração, onde guardamos nossos sentimentos mais caros. Quando permitimos que alguém faça parte de nossa vida é porque acreditamos que cuidará de nosso afeto como se fosse dele próprio.
Mas em algum momento parece que tudo se perde, e o diálogo vai ficando cada vez mais difícil, o aborrecimento e a tristeza começam a sobrepor-se à paz e a vontade de estar junto e, a distância emocional se instala. A vontade de estar junto, nesse caso, ainda existe. Incrível como, mesmo após tudo que aconteceu, eu ainda consigo ser tão idiota a ponto de querer estar ao lado de vocês. Deve ser só saudade, e essa saudade eu sei como matar.
E quando a noite chega, sem TV, rádio, jornal, e-mails, celular, faculdade, pessoas ou o que quer que possa fazer com que não pense ou contribua para fugir do que sente e você se recolhe no silêncio do seu quarto, talvez os pensamentos invadam sua mente e o farão lembrar e refletir o que aconteceu. E perceber que o que aconteceu, aconteceu da melhor forma possível.
Percebo que a dor é inevitável, mas o sofrimento, meu amigo... O sofrimento é opcional. E é claro que eu não vou optar por sofrer.
Quem não escuta "cuidado", escuta "coitado".
Escrevo numa noite seca e triste. Escrevo pra espantar a solidão dos meus pensamentos. Solidão nunca combinou comigo, mesmo. Escrevo com essa dor estranha que toda vez me parece maior que da última que senti. Escrevo sabendo que não fui pra você o que você foi pra mim e que não dói em você como dói em mim. Escrevo pra externar todo o caos que se instalou aqui dentro desde o primeiro dia que te vi na quadra. Escrevo pra tirar do meu peito esse azedume, e quem sabe, encontrar alguém pra tratar da minha dor com respeito. Escrevo muito e escrevo toda hora, na tentativa boba de esvaziar o baú de mágoas que eu carrego. Poderia escrever um turbilhão de palavras por segundo, só com o que eu tenho de raiva, tristeza, angústia, indecisão, arrependimento... Escrevo pra não guardar só pra mim aquilo que todo mundo já sabe, e você parece não entender.
domingo, 7 de novembro de 2010
Perder um amigo
Perder um amigo, é perder um abrigo. Sair pelas noites, caindo nos bares. É como sumir de uma hora pra outra o seu crucifixo, a fé de rezar. É sentir-se mal onde não há ninguém, nenhum que te veja, e te faça sentar. É prender o sangue, para estancar chorar. É enterrar os dedos bem dentro dos olhos e chorar aos molhos até se molhar. (Como eu fiz ontem não só por ela, mas por você também.)
Perder um amigo é subir a ponte e ouvir do precipício um chamado no ouvido, sentir calafrio. É passar as noites do jeito noturno, é abrir os retratos e lhe ver em tudo ou parte da vida que não faz sentido. Antes do meu choro, choro pelo meu amigo!
Perder um amigo é a gota mais lenta, quando se pensava que ainda tinha dentro. É olhar-se nos outros, a referência perdida, é como esquecer-se da roupa, da vida, e entregar-se posto, diante de todo mal.
Perder um amigo é perder coragem e virar, covarde, as costas pro mar.
Perder um amigo é caminhar ao léu, é doer a cabeça, e não ter um remédio, de não mais ter fim, nunca melhorar. É a necessidade de um psicanalista.
Perder um amigo é passar em revista à frente dos túmulos, diante da saudade. Perder um amigo é ir antes da idade.
Perder um amigo é perder o horário, é querer no íntimo, nunca mais acordar. Perder um amigo é a dor mais sentida, é contar por dia umas mil recaídas. É perder a última gota de sangue do corpo. Perder um amigo é baixar num hospital.
Ontem eu perdi um amigo. Mas quando se vai desta forma é bem melhor pra mim. Eu costumava dizer "Antes mal acompanhado, do que só". Começo a mudar de idéia.
Quero agora só os amigos de verdade. Os com quem eu possa dar altas risadas, possa considerar muito, possa contar meus maiores segredos. Os que sei que sempre estarão comigo, saibam medir o valor da verdadeira amizade. Os que estejam comigo nos bons momentos e nos momentos ruins também. Os que eu não vou querer me separar nunca. Os que fizerem, ano após ano, os melhores anos da minha vida.
Perder um amigo é subir a ponte e ouvir do precipício um chamado no ouvido, sentir calafrio. É passar as noites do jeito noturno, é abrir os retratos e lhe ver em tudo ou parte da vida que não faz sentido. Antes do meu choro, choro pelo meu amigo!
Perder um amigo é a gota mais lenta, quando se pensava que ainda tinha dentro. É olhar-se nos outros, a referência perdida, é como esquecer-se da roupa, da vida, e entregar-se posto, diante de todo mal.
Perder um amigo é perder coragem e virar, covarde, as costas pro mar.
Perder um amigo é caminhar ao léu, é doer a cabeça, e não ter um remédio, de não mais ter fim, nunca melhorar. É a necessidade de um psicanalista.
Perder um amigo é passar em revista à frente dos túmulos, diante da saudade. Perder um amigo é ir antes da idade.
Perder um amigo é perder o horário, é querer no íntimo, nunca mais acordar. Perder um amigo é a dor mais sentida, é contar por dia umas mil recaídas. É perder a última gota de sangue do corpo. Perder um amigo é baixar num hospital.
Ontem eu perdi um amigo. Mas quando se vai desta forma é bem melhor pra mim. Eu costumava dizer "Antes mal acompanhado, do que só". Começo a mudar de idéia.
Quero agora só os amigos de verdade. Os com quem eu possa dar altas risadas, possa considerar muito, possa contar meus maiores segredos. Os que sei que sempre estarão comigo, saibam medir o valor da verdadeira amizade. Os que estejam comigo nos bons momentos e nos momentos ruins também. Os que eu não vou querer me separar nunca. Os que fizerem, ano após ano, os melhores anos da minha vida.
You never saw Sofia again!
Sinceramente, não sei o que é pior: Conseguir o que deseja ou não conseguir. Definitivamente, tirei apenas uma conclusão de tudo isso: Cuidado com o que você deseja!
Quando estava no ensino médio, na Escola Rakel Rechuem, fizemos um passeio cultural para observamos arte em um daqueles famosos centros culturais lá do Rio. Quando passei por uma estátua de mármore de uma grega fiquei extasiado. Ela era linda, a forma feminina perfeita, traços bem definidos, maravilhosa. Não consegui tirar os olhos dela. Finalmente, a professora nos chamou e, ao passar por ela, notei no lado dessa deusa grega todas aquelas rachaduras, lascas, Imperfeições. Estragou tudo para mim! Bem, ela é assim. Como disse Alfie: "Um monumento danificado. Com defeitos que você não percebe até chegar perto demais."
Pra ela eu dei minha nota máxima: 9,5. E quem diria que, de todas as mulheres que eu conheço, aquela pra quem eu abri a guarda é quem me dá o fora, por assim dizer.
Eu perguntei ao Bruno qual era a chance de uma coisas dessas acontecer logo comigo. "Remota", ele respondeu. Vou começar a dar mais crédito às pequenas probabilidades.
No final das contas eu tava certo. Nada era verdade... "Às vezes tudo é lindo, às vezes tudo engana". Li isso em algum lugar uma vez.
Agora eu vou contar com a minha capacidade de me recuperar depois de uma decepção ou perda. Minha capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, sem entrar em surto psicológico.
Meu erro foi querer ser ostentoso demais, querer atrair pra mim toda aquela atenção que eu sempre tive. Uma "arrumadinha na gravata" e um sorriso malicioso sempre foram o suficiente pra eu conseguir qualquer coisa, mas não pensei que toda essa ostentação fosse me levar aonde me levou. A estátua que eu carregava caiu e quebrou.
Na verdade eu só quero voltar à minha vida simples... Sair com pessoas que não significam nada pra mim. Eu estava sempre bem, quando era assim.
Vou mirar alto, mudar o foco, o assunto, os lugares, os hábitos. Nada de corredor de artes, nada de refeitório, nada de ídas ao centro. Nada!
Eu devia ter seguido um dos poucos conselhos que meu pai me deu até hoje: "Filho, quando ver uma mulher muito bonita, saiba que, no minimo, uns dez ja fizeram sexo com ela!". Se eu encarasse as coisas dessa forma, com certeza não estaria nessa situação agora.
Descobri também que todo mundo tem prazo de validade. Infelizmente esse tipo de produto não vem com essa data impressa no rótulo, como num pacote de biscoito. E quando esse prazo vence, vêm os problemas. Os problemas que mais me preocupam são aqueles que me pegam desprevenido, num sábado à noite, por exemplo. Esses sim, me derrubam com facilidade.
O que me conforta é achar que seu corpo já fez uma promessa, mesmo que não diga nada. Mesmo que você viva em meio à pessoas que privilegiam o apenas o transitório, o passageiro, há coisas, pequenas coisas, pequenos retalhos de lembranças que marcam. Tem pequenas coisas que marcam, nossa memória adora detalhes. Nós fomos feitos de pequenos detalhes que não se sustentaram. Se a base não é forte, o corpo não sustenta.
Felizmente agora vão acabar os pequenos detalhes, as promessas vãs, as palavras vazias, os atos, papos e textos dissimulados, as cobranças, as preocupações... E, aí sim, vai tudo voltar ao normal.
Contagem regressiva, por favor!
Fatalmente
Passei a vida inteira procurando alguém como você. nunca imaginei que um dia eu fosse me arrepender! Você tão linda assim, não passava essa imagem para mim. Achei que nossa história nunca pudesse chegar ao fim, mas chegou, acabou, é hora de dizer adeus. Vacilou, terminou, e o culpado não fui eu!
Me entreguei de corpo inteiro e mesmo assim você quis outro alguém, o que aconteceu comigo eu não desejo pra mais ninguém! Eu sei que um dia você vai chegar pedindo pra voltar... Sinto muito, é tarde, fatalmente terá outra em seu lugar!
Mas chegou, acabou, é hora de dizer adeus! Vacilou, terminou, e o culpado não foi eu! Mas chegou, acabou, é hora de dizer adeus! Vacilou, terminou, por que isso aconteceu?
Me entreguei de corpo inteiro e mesmo assim você quis outro alguém, o que aconteceu comigo eu não desejo pra mais ninguém! Eu sei que um dia você vai chegar pedindo pra voltar... Sinto muito, é tarde, fatalmente terá outra em seu lugar!
Mas chegou, acabou, é hora de dizer adeus! Vacilou, terminou, e o culpado não foi eu! Mas chegou, acabou, é hora de dizer adeus! Vacilou, terminou, por que isso aconteceu?
sábado, 6 de novembro de 2010
Cuidar de mim
Minha cabeça bem confusa, só de ver ela passar, só de ver ela sem mim. Ainda usa a mesma blusa, com o broche que eu lhe dei, combinando com o colar.
Eu fico imaginando coisas, me pego imaginando coisas...
Lembranças de um tempo bom, que a gente se amava em paz. Que pena que eu vacilei, agora que não dá mais você não me deu perdão... Não tem problema!
Espero que esteja bem, feliz como eu fui feliz. O tempo é quem vai dizer, a vida quem quis assim. Não sou capaz de entender, como saí de cena... Não dá pra mim!
Eu vou voar, melhor assim...
Eu fico imaginando coisas, me pego imaginando coisas...
Lembranças de um tempo bom, que a gente se amava em paz. Que pena que eu vacilei, agora que não dá mais você não me deu perdão... Não tem problema!
Espero que esteja bem, feliz como eu fui feliz. O tempo é quem vai dizer, a vida quem quis assim. Não sou capaz de entender, como saí de cena... Não dá pra mim!
Eu vou voar, melhor assim...
Gosta de mentir? Gosto de ser enganado!
Ela mente que nem sente, é muito nova, ela não tá nem aí! Se acha esperta, é vaidosa e simplesmente só quer se divertir. Pra ela não importa se o time ganhou ou perdeu, passeia pela noite com o novo cara que conheceu. Ela me diz todos os dias que eu vou ser sempre o seu grande amor, me manda esperar quando a nossa história não acabou...
Se ela gosta de mentir eu gosto de ser enganado...
Se ela gosta de mentir eu gosto de ser enganado...
Agora é tarde, já não somos mais tão inocentes por deixar pra trás o que passou. Tentei ser como eles, todos tão iguais, mas todo mundo ama alguém a mais ou nunca amou. Ainda pode me salvar, se eu não conseguir.
Use tudo e todos que você quiser, prove que o amor é pra quem não sabe o que quer, nem como eu sou! Meu bem, me fez tão mal, transformou meu tango, nesse carnaval que já passou...
Eu sei, você esqueceu de lembrar, de tentar, de voltar, de mudar, de ficar, de sonhar... Eu sei, você esqueceu como amar! Eu sei, você esqueceu, veja o que aconteceu...
Use tudo e todos que você quiser, prove que o amor é pra quem não sabe o que quer, nem como eu sou! Meu bem, me fez tão mal, transformou meu tango, nesse carnaval que já passou...
Eu sei, você esqueceu de lembrar, de tentar, de voltar, de mudar, de ficar, de sonhar... Eu sei, você esqueceu como amar! Eu sei, você esqueceu, veja o que aconteceu...
Novo amor
A luz apaga porque já raiou o dia e a fantasia vai voltar pro barracão. Outra ilusão desaparece quarta-feira, queira ou não queira terminou o carnaval! Mas não faz mal, não é o fim da batucada e a madrugada vem trazer meu novo amor. Bate o tambor, chora a cuíca e o pandeiro, come o couro no terreiro porque o choro começou.
A gente ri, a gente chora e joga fora o que passou. A gente ri, a gente chora e comemora o novo amor.
A gente ri, a gente chora e joga fora o que passou. A gente ri, a gente chora e comemora o novo amor.
Sem dizer adeus (Agora sim, faz todo sentido pra mim!)
Eu chorei até ficar debaixo d’água, submerso por você. Gritei até perder o ar que eu já nem tinha pra sobreviver. (Eu andei...)
Eu andei até chegar no último lugar pisado por alguém, só pra poder provar o que era estar depois do final do além (Eu andei...)
E cheguei exatamente onde, algum dia, você disse que partia pra nunca mais voltar, e eu já estava lá, à te esperar, sem dizer adeus.
Eu fiquei sozinho, até pensar que estar sozinho é achar que tem alguém. Já me esqueci do que não fiz, o que farei pra te esquecer também?
Se eu não sei o nome do que sinto, não tem nome que domine o meu querer. Não vou voltar atrás!
O chão sumiu a cada passo que eu dei (Eu andei...)
Tá rindo, é?!
Ah, hoje eu quebrei o meu despertador logo pela manhã, tocou atrasado e eu quase perdi o horário da van. Agora você vê como são as coisas, Maria José!
Se der pra você me emprestar aquele seu vestido azul cor de mar, e se não servir vou tentar perder um quilo e meio até lá. Semana que vem é o tal casamento e eu não tenho o que usar... Se der!
Ah, e falando nisso, homem bom, hoje em dia, tá ruim de arranjar... Aquele que eu tinha eu peguei com outra, mandei ele andar! Malandro e folgado comigo não dura mais nem um luar! Tá rindo, é?!
Ah, recebi um torpedo da telefonia no meu celular, prometendo desconto às três da manhã se eu puder falar. Mas de madrugada quem vai me atender, quem vai me ligar?! (Eu heim!)
Tchau. Fique tranqüila que o vestido eu cuido, não deixo sujar. Quem sabe eu te ligue pra poder a tarifa a gente aproveitar. Ou quem sabe até eu arranje alguém novo pra me namorar... Tá rindo, é?!
Ah, vamos dando risada que a vida nos chama, não da pra chorar. A minha oração é bem curta pro santo não entediar... E vamo que vamo, vamo que vamo, que dá!
Namoro de elite
Ela é ótima, é finíssima, é chiquérrima, magnífica! Ela quer mudar o meu jeito de ser, sinto que ela vai me perder! Ela é o máximo, é gatíssima, love mágico, gostosíssima! Eu não sei porque foi gostar de mim, sou e sempre vou ser assim! Que é que eu posso fazer, ja nasci pagodeiro e o pandeiro é o partido do meu coração. Nosso amor é um pega-pra-capar, é melhor terminar pra não dar confusão!
Princesa, me desculpe, sou gamado num batuque, no swing do repique, do tantã e do violão. No chope geladinho, quado chora um cavaquinho me alegra o coração! Que linda namorada você poderia ser! Namoro de elite infelizmente não vai dar... Nós somos diferentes, pra não bater diferente a gente tem que terminar!
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Você me parece uma Caixa de Pandora selada. Alí dentro você guarda e esconde (de mim) tudo de bom e de ruim que você julga como informações impróprias pro que eu represento pra você. Vai saber o que se passa dentro dessa caixa, vai saber o que eu represento pra você. Me resta esperar o fim, pra abrir a caixa e descobrir a verdade.
Sou sedentário e não fico puxando ferrinho por aí. Não tenho bronzeado nenhum, nem de escritório e não sou macrobiótico. Ultimamente tenho me enchido de ciclamato e sacarina todo dia e quer saber? Tô gostando muito! Tô dormindo muito mais que o necessário e tô amando isso também. Não tenho assistido minhas aulas. Não acho que um copo de vinho por dia vai me pôr na UTI, eu não sou saúde, caralho, e daí?
Eu também não sou alternativo. Não uso as camisetinhas da moda, não tenho o cabelo do momento, não dou uma de drogado erótico no álbum do orkut, minhas opiniões foram gravadas em pedra, meu gosto musical é paleozóico. Você pode ficar modernoso aí, que eu não vou inovar. E se você é "cool", está na "cena", tem uma franja, um dread ou coisa do tipo, eu quero mais é que se foda! Eu não sou alternativo. Eu não sou nada que você possa gostar e todos os meus gostos são ilegais, imorais ou engordam.
Agora, antes de qualquer coisa... me passe o café.
Não me procura essa noite, tá okay? Não me chama no msn, não me liga, não me enche. Essa noite eu quero ficar sozinho com minhas músicas, meus jogos, minhas idéias que vão e vem... Essa noite eu não quero sair pra beber, pra dançar, pra jogar. Nem se você me chamar pra trepar eu vou aceitar, não quero mesmo! Essa noite tudo que eu quero é a calma ruidosa do meu quarto quente, de porta fechada e tv desligada. Amanhã cedo, quando eu acordar, quem sabe eu te diga qual é o problema. Mas por enquanto não chega muito perto, não tô muito feliz.
Vis lembranças
Tem lembranças que marcam de verdade. Nossa memória adora detalhes.
Eu acho que vou me lembrar de você como alguém que eu conheci e depois esqueci. Eu já pensei seriamente em esquecer antes do fim, porque quando chega ao fim é mais difícil pra esquecer. Pena que eu nunca me levei realmente a sério. É que tem mais chão nesses teus olhos quase-felinos do que disposição nas minhas decisões. Mais esperança na minha esperança do que tristeza nos meus ombros. Mais estrada no meu coração do que medo de percorrer na minha cabeça.
Eu acho que vou me lembrar de você como alguém que eu conheci e depois esqueci. Eu já pensei seriamente em esquecer antes do fim, porque quando chega ao fim é mais difícil pra esquecer. Pena que eu nunca me levei realmente a sério. É que tem mais chão nesses teus olhos quase-felinos do que disposição nas minhas decisões. Mais esperança na minha esperança do que tristeza nos meus ombros. Mais estrada no meu coração do que medo de percorrer na minha cabeça.
Pegue o próximo ônibus
Eu tenho um desejo barato, tão barato que ele nunca vai compensar o trabalho que não tive para conseguir. Nunca vai corresponder com justiça às perdas... Mas ainda assim o quero! Se não sei o que não posso ter, quando posso ter, talvez seja porque disfarço, ou finjo não saber. Disfarço e me perco fácil no tempo, nas palavras, nos seus olhos... O desejo é o verdadeiro bem querer, mas só quero por horas, na hora certa, até acabar.
Ela disse: "Vou no próximo ônibus, tá?"
Porque eu sempre quero tudo como quem nunca quer nada?! Eu tenho um desejo barato, tão barato que é ele quem me tem.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Ele prefere ser descolado do que humano. E você lembra daquela sensação que sentia ao lado dele. De solidão profunda. E você descobre que ele acha que saudade ou vontade de fazer carinho se resume a uma passada de mão na sua bunda ou uma apertada no seu peito. E você percebe que a vida dele, que você tanto colocou no pedestal, pode ser um pouco boba ou até mesmo triste.
Com carros que correm para esbanjar uma grana gasta com coisas sem amor, bilhetes de reclamação de barulho, filmes onde cunhadas se comem e amigos que ligam na madrugada achando que puteiro pode ser uma opção legal. Em minutos você entende como ninguém o que te trouxe até aqui, tão longe dele.
Com carros que correm para esbanjar uma grana gasta com coisas sem amor, bilhetes de reclamação de barulho, filmes onde cunhadas se comem e amigos que ligam na madrugada achando que puteiro pode ser uma opção legal. Em minutos você entende como ninguém o que te trouxe até aqui, tão longe dele.
Tati Bernardi
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