domingo, 26 de dezembro de 2010

Nicotina Ferreira de Souza Cruz

Senti o seu aroma, fiquei na defensiva, levei na esportiva o gosto em minha saliva. Nociva. Parece inofensiva, se diz compreensiva e te atropela como uma locomotiva.
Te ponho em meus lábios, fazemos amor. Rebola entre meu dedo médio e o indicador. Invadiu meu lar antes de sonhar, depois de acordar. Abre os olhos do meu lado L Star. Depois do café, do alçomo, jantar. Ao me exercitar... Puta falta de ar!
Orquídea selvagem, era venenosa. Parceiro, é uma loba em pele de cordeiro.
No bar, na balada, asfalto, favela... É red, é blue, é branca e amarela. Criticada, mas é legalizada. Deixa que eu te acendo, enquanto você me apaga...
"Parecia inofensiva mas te dominou!"
A divertida... Pelo ministério da saúde. Em momentos de inquietude que me levam à Hollywood. 
Ela é fresh, adora iludir. No mundo de Malboro é light, é Derby é Free. Consome a energia, diabólica companhia. Na rua, com as crianças, pratica pedofilia. Minha mente, meu corpo ela quer dominar. O seu melhor amigo? Enfizema pulmonar!
Gestante aborta espontâneamente, lentamente ela mente, me deixa impotente. Meu sonho de consumo? Um dia te largar!
Na alta sociedade ela é descolada. É creme, é café, é canela e mentolada.
Um gole, acendo, um trago... Fumaça. Vicia, maltrata, me mata, ingrata! O gosto é saboroso, o jogo é perigoso, mas ela só tá comigo porque gosta do meu fogo.
Seduz, sua fama faz jus. Só Jesus! Seu nome? Nicotina Ferreira de Souza Cruz.
"Parecia inofensiva mas te dominou!"

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