quarta-feira, 16 de junho de 2010

Seu ser mudo


Eu não tenho tempo pra falar teu nome, eu não tenho nome pra você dizer. Meu café jamais vai matar sua fome, nada que tu traga vai me apetecer. Sinistro, parece que a gente se deu ao desfrute de nada. Tua tanga na manga do mágico falso, tuas mãos na cartola, teu corpo no palco. Não contei ainda teus escudos sujos, sabe que eu te estudo sem me aproximar... O teu santo gringo me mostrou teu mundo, vi que no escuro tu fica a chorar. Se Shiva me disse pra ter paciência, te pego no beco do sino da crença, te assusto com a ira da minha demência! Traga pra cá tudo! Deixa o seu ser mudo me fazer falar.

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