segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Divã

O que me consome, consumo e some também. O que me consola, esmola não me faz bem. O que me atola, é lama que não sai, Dalai. O que me atura, não dura, nem fica, nem vai. O que me chateia, passeia numa tarde nublada. O que me incendeia, derruba essa porta fechada. O que me apaga, alaga até pensamento. O que me assola, decola no sopro do vento. O que me persegue não consegue ficar pra trás. O que me assusta, se nada é um pouco mais. O que me domina, controle não é paz. O que me fascina, repele e tanto faz. O que me consome, não dura, nem fica, nem vai. O que me consola, é lama que não sai, Dalai. O que me atola, esmola não me faz bem. O que me atura, consumo e some também. O que me chateia, decola no sopro do vento. O que me incendeia, alaga até pensamento. O que me apaga, derruba essa porta fechada. O que me assola, passeia numa tarde nublada...

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