quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Soneto do teu corpo

Juro beijar teu corpo sem descanso, como quem sai sem rumo pra viagem. Vou te cruzar sem mapa, nem bagagem. Quero inventar a estrada enquanto avanço. Beijo teus pés, me perco entre os teus dedos. Luzes ao norte, pernas são estradas, onde meus lábios correm a madrugada pra de manhã chegar aos teus segredos. Vivo em teus bosques, bebo em teus rios; entre teus montes, vales escondidos. Eu faço fogueira, choro, canto e danço.
Línguas de lua varrem tua nuca. Línguas de sol percorrem tuas ruas. Eu juro beijar teu corpo sem descanso

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